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ANTÓNIO ALEIXO
António Aleixo é considerado um dos maiores poetas populares portugueses. Irónico e crítico social António Aleixo era um homem muito simples, humilde, quase analfabeto, mas deixou uma obra poética invulgar no panorama literário português da primeira metade do século XX.
Embora tenha nascido em Vila Real de Sto António (em 1899), foi em Loulé que viveu a maior parte da sua vida. Foi tecelão, polícia, servente de pedreiro e cauteleiro. Andava pelas feiras a cantar os seus versos e, por isso, lhe chamavam o “poeta cauteleiro”. Era um poeta que possuía uma rara espontaneidade e a sua inspiração vinha-lhe desde brincadeiras com os amigos, até à crítica sofrida das injustiças da vida.
O poeta foi internado no hospital Sanatório dos Covões em Coimbra, em 1949, e foi nessa cidade que conheceu novas amizades e admiradores que reconheceram o seu talento,como o escritorMiguel Torga, e António Santos (Tóssan) grande amigo do poeta que nunca o desamparou nas horas difíceis.
A primeira pessoa que ajudou António Aleixo a escrever os seus poemas foi o Dr. Joaquim Magalhães, reitor do Liceu de Faro, “Não há nenhum milionário/ que seja feliz como eu / tenho como secretário / um professor do liceu”
Mais tarde, depois de conhecer Tóssan em Coimbra, foi a ele que o poeta ditou alguns dos seus autos.
António Aleixo morreu vítima de tuberculose em1949. Tinha 50 anos.
É o segundo poeta mais vendido em Portugal depois de Fernando Pessoa.
É avô do atual Presidente da Câmara Municipal de Loulé.